domingo, 25 de novembro de 2007

Cappelletto D'Oro - a casa do melhor rondeli que já comi!

Com fome em Santo André no ABC paulista?! Afim de comer uma massa fresca de excelente qualidade?! Não querendo hipotecar a casa para pagar a conta?! Posso dar uma sugestão?! Cappelletto D'Oro Massas & Cia, rotisserie e restaurante na esquina da Rua das Monções (449) com a Pe. Manoel da Nóbrega no Bairro Jardim, Santo André, SP (4438-3400).
Ambiente simples e aconchegante, atendimento simpático e sorridente. Nada que chame muito a atenção. Farto buffet de saladas. Diversas e belíssimas opções de sobremesas (...não provei porque abusei nas massas, fica pra próxima...) e a especialidade da casa: massas frescas de fabricação própria. É aí que fica o diferencial.
Para não pegar um de cada e correr o risco de sair do buffet com prato tipo caminhoneiro, optei pelo capeletine de carne e pelo rondelli de presunto e mussarela que estava com uma cara ótima.
O capeletine é bom, mas não me surpreendeu. Massa fininha, muito delicada, recheio não muito abundante e suavemente temperado, saboroso. O molho... xiii... esse ficou devendo, viu?! Era sugo, mas ficou todo na travessa do buffet porque estava muito líquido. Para massas recheadas, prefiro um sugo mais rústico, com pedaços de tomate, assim, o molho se agrega à massa permitindo que a cada garfada você consiga apreciar o casamento dos sabores. O sugo do Cappelletto estava mais para suCo.
Se o capeletine não me conquistou... o rondeli, por sua vez... foi amor à primeira garfada. Geralmente nem dou bola para os rondelis de restaurante: sempre são tão presuntão com mussarelão enroladodões numa massa molenga. Esse, porém, estava com uma carinha tão convidativa! Apostei na aparência e ganhei no sabor! Vai levar a alcunha de "o melhor rondeli que já provei até hoje na vida!". Tudo em perfeita harmonia: mussarela na medida certa, presunto fresquinho, ralado e de sabor acentuado, massa fininha, branquinha, fresquíssima e incrivelmente deliciosa, molho branco suave e lindamente gratinado. Resumindo: perfeito!
Caso prefira, você pode levar as massas e prepará-las em casa, afinal, além de restaurante, o Cappelletto D'Oro é também rotisserie! Tudo de fabricação própria e preços justos: canlone, fetuchine, fuzile, ravioli, rondeli, talharim, entre outros. Pra quem está na área, vale a pena conferir, pra quem está longe... bom, se um dia se perder por essas bandas... já sabe que fome não há de passar!!

domingo, 18 de novembro de 2007

Ponto Chic


Já comeu bauru?! O Ponto Chic arroga para si a autoria do verdadeiro bauru, aquele feito com roast-beef, queijo, pepino e tomate. Resolvi conferir e fui à filial do Paraíso (Praça Oswaldo cruz, 26 - tel.: 3266-8756).
Pra começar, chique, chique... só o nome, mesmo, viu?! O ambiente é simples, mas aconchegante. Decorado com fotos de São Paulo da década de 20 (o Ponto Chic existe desde 1922...), há charme, não se pode negar! Logo na entrada, o simpático garçom pergunta se prefere área de fumante ou não fumente (ainda existe área para fumantes???). Não fumante, por favor. Fui parar no fundo da loja... não recomendo, a menos que vá se reunir com amigos subversivos e tramar planos para derrubar Getúlio Vargas (?!) ou queira, simplesmente, assistir a mais um alucinante capítulo da novela das seis na santa paz (??).
Acomodada, hora de me jogar no cardápio, aliás, um respeitável cardápio. Além das centenas de opções de sanduíches, há porções de vários tipos (e preços!), pratos (carnes, aves, peixes, omeletes, massas), além de diversos acompanhamentos e três opções de pães. Garanto que alguma coisa há de apetecê-lo! Há também uma infinidade de opções etílicas, não-etílicas, semi-etílicas. Sobremesas diversas: doces caseiros, tortas, sorvetes, frapês e... frutas (embora o garçom inssistisse, quase irritantemente, em oferecer o petit-gâteau... que coisa!). Já que estava na casa do pai do bauru: bauru, por favor!
O serviço é rapidíssimo, mal dá tempo de piscar e o sanduba já está na sua frente! Mas, verdade seja dita: a casa estava vazia de fazer eco... era sábado, finzinho da tarde, ainda não estava bombando.
Passemos ao bauru. O pão francês não vem crocante, o roast-beef é lindo de querer tirar foto e saboroso, ainda que você tenha de se esforçar um pouquinho pra chegar a esta conclusão pois a porção é visivelmente inferior à quantidade de queijo, que, diga-se de passagem, é uma coisa! Que queijo é aquele?! Deliciosamente derretido em banho-maria, os sabores de diversos queijos se fundem numa bolota amarela indescritivelmente boa! O tomate passa de helicóptero e o pepino só se percebe porque é impossível não percebê-lo em quanlquer lugar que se esconda! É um lanche delicioso, embora mais pareça um sanduíche de queijo.
Para não dizer que só provei o carro-chefe, pedi um sanduíche de pernil. "Jesus amado!" - foi o que exclamei quando abri o sanduba e dei de cara uma plantação de cebolas, amolecidas e nojentamente contaminando o pernil. Depois de uma faxina geral (ali devia ter pelo menos meio quilo daqueles fétido bigatos transparentes e listradinhos... argh!), parti para o ataque. É bom! Bastante carne, bem temperada, quentinha.... mas, já sabe, se, como eu, abominar cebolas, lembre-se de pedir sem esse bicho, heim?!
Terminados os lanches fiquei de bate-papo e de cinco em cinco minutos o garçom vinha perguntar se não quereríamos uma sobremesa... "Um petit-gâteau?!". Não cabia mais nada, nem um petit-petit-petit-gâteauzinho!
Uma boa opção pra matar a fome, o Ponto-Chic deve ser ainda mais interessante quando a casa está cheia, com muita conversa, gente circulando e garçons alucinados oferendo petit-gâteau pra todo mundo!!!!!! Casa bem paulistana. Recomendo.


quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Pão Gourger (pão de queijo francês)


Feriado*, frio... qual o melhor lugar da casa?! Cozinha!!!
Resolvi fazer uma receita que peguei na Revista da Folha há algumas semanas. O que mais chamou minha atenção foi o fato de ser um pão de queijo que não leva pouvilho (doce ou azedo). Pra saber se era bom, só fazendo mesmo. Fiz. Adorei!
Esqueça os sabores convencionais e preparem-se para um novo sabor.

150g de farinha de trigo
50g de manteiga (substituí por margarina light)
3 ovos
200ml de água
100g de parmesão ralado de qualidade**( Faixa Azul ou Vigor)
1pitada de sal
1pitada de pimenta-do-reino branca (substituí por noz moscada)

Numa panela, ferva a água com a manteiga, o sal e a noz moscada. Assim que borbulher, junte, de uma vez a farinha de trigo e mexa até misturar completamente (força no muque!). Em seguida, coloque a bolota de massa na tigela da batedeira e junte o queijo e os ovos. Mexa com uma colher para agregar os ingredientes e só depois ligue a batedeira (do contrário você irá redecorar sua cozinha com pingos de massa...). Bata até que a massa fique mais clara. Modele os pãezinhos com o auxílio de duas colheres. Asse em frono brando por aproximadamente 25 minutos em forma untada (deixe espaço de mais ou menos 1cm entre um e outro porque eles crescem!). Enquanto os pãezinhos assam, faça aquele café forte, quentinho e gostoso***. Automaticamente, sua casa toda será tomada por um aroma mágico, fruto da perfeita combinação do cheirinho de pão de queijo assando e de café fresquinho passando! Quando ambos estiverem prontos, vá pra debaixo das cobertas, pegue um bom livro e aproveite o restante do feriado!
Ah! a foto que ilustra este post é dos pães que fiz hoje, não é foto tirada da internet, não, heim!!

*o maior feriado que já vi na vida de 15 a 20 de novembro!!! Viva!!!
**o que exclui, automaticamente, o da marca Teixeira (chulé ralado e empacotado...)
***leia-se Melitta!

domingo, 11 de novembro de 2007

Pelo direito amplo e irrestrito à sesta

Deveria constar na Declaração Universal dos Direitos Humanos o seguinte: "Artigo 31°: Toda pessoa, independentemente de cor, credo, nacionalidade, orientação política ou ideológica, tem direito à sesta."
É incontrolável. Depois do almoço bate aquela moleza, aquele torpor... um sono galopante, uma vontade irresistível de se atirar na cama (ou um canto qualquer) e entregar-se às vontades e ao chamado de Morfeu. No entanto, você olha para o relógio e percebe que faltam poucos minutos para voltar ao batente; mal dá tempo de engolir um café para tentar despertar e voltar sonambulamente às atividades.Terrível!
Seu organismo, simplesmente, não entende que você não pode dormir naquele momento e insiste com os bocejos, as pestanas pesadas, o estado de total abobalhamento pré-sono-profundo. O rendimento cai vertiginosamente e você passa a travar uma covarde batalha com seu corpo para que o sistema não cai de vez e você se veja obrigado a puxar um ronquinho sobre a mesa de trabalho. E dá-lhe café, água fria na nuca, tapas no rosto (dados por você mesmo ou por um prestativo colega de trabalho!). Crueldade pura. Auto-tortura. Até que, de repente, você desperta e fica alerta e produtivo novamente. A nhaca, o sono, o bode ou seja lá como você chama isso, passou. Mais do que uma questão cultural*, o sono depois do almoço é uma necessidade física sentida por 10 entre 10 pessoas.
Deveria ser lei universal o direito à sesta! O que faz a ONU que ainda não pensou nisso?????? O que fazem os líderes mundiais, nossos governantes, legisladores que não atentam para o sofrimento de seu povo???????
Pelo direito amplo e irrestrito à sesta, já!! zzzz...

*Na Espanha a soneca depois do almoço é prática instituída... que sorte a dos espanhóis!!

domingo, 4 de novembro de 2007

Coca-cola

Não sou fã de Coca-Cola (muito embora, haja um certo tipo de sede que só passa com uns bons goles de uma Coca geladíssima!!).
Enquanto refrigerante, não me impressiona, mas como marca... aí já é outra história! Pouquísssimas marcas no planeta têm a força e a solidez que a Coca-Cola tem. Ela praticamente inventou a globalização. De leste a oeste, de norte a sul; dos ricos aos pobres, passando pelos emergentes, todos os países conhecem essa marca. E não de hoje. Aliás, há muito deixou de ser simplesmente uma marca para se tornar um ícone... pop, polêmico, político.
Assim como há quem beba Coca-Cola porque é pop, porque mandaram, porque é a lata mais bonita, porque todo mundo toma, porque é a única que está geladinha na geladeira do mercado (estratégia, lógico!); há também quem se negue a tal absurdo por uma questão de princípios, por questão de honra, somente para contrariar a maioria, por ser um refrigerante capitalista (Che Guevara é café-com-leite nessa parte, ok?! Afinal aquela era a última coca-cola do deserto [?] e o rapaz estava com sede!!), por não deixar, digamos, claro qual é sua composição*, enfim, cada um escolhe seu argumento para justificar sua escolha.
E a velhinha não pára! Agora a nova da Coca-Cola aqui no Brasil é a Coca-zero. O conteúdo da latinha-zero é exata, absoluta e indiscutivelmente o mesmo do da latinha-light, isso declarado pelos próprios fabricantes, embora haja quem jure de pés juntinhos que são bebidas completamente diferentes, inclusive acham que a zero é mais gostosa!! Trata-se de mais uma estratégia de marketing. Desta vez para desvincular a imagem da Coca-cola light das dietas, dos regimes (estamos vivendo os tempos de combate à anorexia, depois do padrão caveira ter matado aos montes...), a idéia por traz da Coca-cola zero é a de saúde, mais ou menos assim: se açúcar faz mal, a coca-zero tem zero de açúcar, logo, é uma bebida saudável (dizer que tem zero é muito mais impactante do que dizer que não tem, certo?!). Assim como a Coca diet deixou de circular pois passou a ser associada à idéia de bebida dietética para regime de diabéticos. Golpe de mestre, não?! Como todos!
Quando dizem que você é o que você come (e bebe), não é apenas à saúde que se referem, mas também, e cada vez mais, às questões de ideologia, política, inteligência e, principalmente, capacidade lúcida e consciente de escolha.Nesse caso, melhor ficar com um bom copo d'água... enquanto ainda resta!



*depois da história do leite com água oxigenada e soda cáustica, tomar um refrigerante cuja fórmula leva ingredientes duvidosos parece até bobagem... o estômago agüenta, gente!!