domingo, 30 de novembro de 2008

Cenário


Um bom cenário melhora muito qualquer coisa! Passo longas horas dos meus dias gastando a imaginação, idealizando lugares para determinadas situações: um cantinho confortável dentro de casa, um lugar perfeito para um fim de semana, uma paisagem linda para ver da janela. Sou cenógrafa e diretora de fotografia dos meus sonhos e devaneios.

Comer tem tudo a ver com cenário. Pra mim tem. Gastronomicamente falando, acredito que um lugar bonito deixa a comida mais gostosa, mais apetitosa, assim como uma comida gostosa fica meia boca num lugar feio, desconfortável, desagradável. Visão e paladar complementam-se. Os sentidos trabalham unidos para compor uma experiência de sabores. Sinestesia pura! Há, sim, exceções, por exemplo, em companhia de pessoas queridas, uma comida ruim, num lugar horroroso transforma-se num verdadeiro manjar dos deuses em pleno paraíso! Mas sejamos um tantinho superficiais por um instante e pensemos apenas no cenário.

Hoje, acordei querendo tudo lindo! Enquanto tomava café da manhã, fiquei querendo estar numa casa na montanha. Casa ampla (muito espaço, pé direito duplo), bem arejada, janelas grandes por onde o Sol da manhã entraria sem cerimônia para dizer "Bom Dia!". Tudo muito claro. Uma varanda florida com a mesa posta, o perfume do café e do bolo recém saído do forno se misturando ao cheirinho da terra. Frutas frescas colhidas no pomar. Gatos se espreguiçando (ou dormindo!) no quentinho do sol. O som de passarinhos ao fundo e uma paisagem verde infinita para conforto e deleite dos olhos. Seria uma boa maneira de começar os dias, não?! Meu cenário dos sonhos do momento.

Adoro café da manhã, em qualquer circunstância, mas creio que num lugar assim, nem mesmo aquele mau-humorzinho tipicamente matutino seria capaz de resistir a tantos apelos da beleza.

Depois do último gole de café, respirei fundo e voltei para minha realidade... que, por enquanto, não tem nada a ver com o cenário descrito (nem o Sol deu as caras... o dia nasceu tão encoberto...), mas não deixo de imaginar, nem de querer tudo mais bonito a minha volta... sou sagitariana e não desisto! hehehe


PS: pensando em querer tudo mais bonito a volta, antes que pudesse sentir uma pontinha de pena de mim mesma por não estar vivendo na minha imaginação, lembrei da realidade em Santa Catarina, depois da inacreditável tragédia, e pensei que tentar melhorar os cenários e a vida de quem está precisando tanto, faz a gente ver tudo mais bonito e valorizar tudo que tem. Fazer e querer o bem deixa até a mais cinza das paisagens um pouqinho mais ensolarada. Sem hipocrisia, querendo ajudar, aqui vão alguns meios:

Fundo Estadual da Defesa Civil, CNPJ, 04.426.883/0001-57,
BANCO DO BRASIL AGÊNCIA 3582-3 CONTA 80.000-7

Para quem quer ajudar os bichinhos desabrigados e que também estão precisando:
Associação Viva Bicho, CNPJ 06 156 776 / 0001 - 81
Banco do Brasil Ag. 1489-3 cc 20793-4

domingo, 23 de novembro de 2008

Pão Caseiro: eu faço, faço sim!

Sexta-feira à noite é o dia da yoga. No finzinho da última aula, a professora decidiu encerrar com uma auto-massagem nos pés: uma maravilha! (Não, não, caros amigos, a temática do blog não mudou... já chego lá!) Para exemplificar o que deveríamos fazer a professora disse que deveríamos massagear o pé como se estivéssemos amassando massa de pão. Em seguida um comentário baixinho: "...ninguém mais faz pão caseiro!" "Opa! Eu faço", bradei suavemente, afinal, era uma aula de yoga! Ela então "...pão caseiro?! Amassado na mão?", "Sim!Sim! Tal qual as vovós faziam!". Ora, ora!

As moderníssimas máquinas de pão podem ser muito práticas, as padarias e supermercados podem ser 24 horas, mas nada, nada, absolutamente nada é capaz de se igualar ao efeito mágico provocado pelo pão caseiro feito com suas próprias mãozinhas! A seleção dos ingredientes, a combinação, o contato com a massa, a sova, a espera, o cresimento, a espiadinha no forno, o perfume se espalhando pela casa... pelo bairro, a faca serrando a casquinha crocante, a fumacinha subindo, a primeira mordida... o golinho de café! Nenhum outro pão é capaz!

À parte o encantamento, há também o argumento prático para se fazer seu próprio pão. Para começar, é um pão muitíssimo mais saudável pois não leva nenhum tipo de conservante químico, coloração artificial, nem goooordura trans, além disso, é possível torná-lo integral - utilizando farinha de trigo integral e sementes variadas (linhaça, gergelim, girassol) - e light - optando por leite desnatado, açúcar e margarina light. Em termos financeiros, nem é preciso fazer muitas contas para chegar à conclusão de que o pão caseiro sai por muuuuito menos! Já viram quanto está valendo um pão integral light no mercado?! Pelo mesmo valor, é possível fazer três em casa.

O tempo, ah, o tempo, irão dizer: não temos tempo para isso! Direi: a gente seeeeempre arranja um tempinho para fazer aquilo que dá prazer... é ou não é?! E não estou falando de dias de preparação. É preciso umas duas horas, duas horas e meia, sim, mas isso contando com tempo de crescimento e forno... e nada impede que se faça outras tarefas enquanto a massa cresce ou assa! Sem contar que é perfeitamente possível congelar esse pão por até um mês! Não precisa fazer todos os dias. Resumindo: é saudável, barato e prático, sim!

Só está faltando a receita, pois não?!

Esta é uma receita básica e pode ser variada conforme o gosto do padeiro de ocasião (vou colocar minhas variações entre parênteses). Ela é muito prática e pula algumas etapas (a tal da biga!)que fariam o Olivier Anquier dar um gritinho de "uh la la", mas dá super certo... é a minha receita (adaptada da receita da minha mamãe):
2 ovos
5 colheres de sopa de açúcar (coloco 2 de mascavo e 2 de light)
2 colheres de sopa de margarina (coloco 1 bem cheia de light ou 2 de azeite... dá um perfume incrível!)
1 pitada de sal
250 ml de leite morninho (uso o desnatado)
1 envelope de fermento biológico seco (dos que há no mercado, na minha opinião, o que dá o melhor resultado é o Fermix Dona Benta, mas o Fleischmann também faz direitinho)
5 a 6 xícaras de farinha de trigo (uso metade branca e metade integral)
(opcional: 3 colh. de sopa de semente de linhaça seca, trituradas no liquidificador; 3 colh. de sopa de semente de linhaça germinada - deixe de um dia para o outro em 100ml de água mineral em recipiente fechado; 1 colh. de sopa de semente de gergelim; 2 colh. de sopa de farelo e/ou gérmen de trigo)

Numa tigela bem grande (acredite, a massa cresce!), misture os ovos, o açúcar, a margarina e o sal (se for fazer integral, adicione as sementes... agora!). Vá acrescentando o leite morno (a temperatura ideal é a mesma da mamadeira do bebê... se não tiver filhos... não precisa desistir ou ter um só pra fazer o pão... teste a temperatura colocando o dedo e sentindo que não queima!). À parte, misture o fermento em uma xícara de farinha e reserve (o fermento não pode ir diretamente no líquido, ok?!). Adicione, uma a uma, três xícaras de farinha no líquido (se tiver frescurinha, pode utilizar uma colher para misturar). Só então, acrescente a mistura de farinha e fermento na massa. Vá, aos poucos, adicionando a farinha restante. A quantidade irá variar de acordo com o tamanho dos ovos* e a temperatura ambiente. O ponto será quando a massa estiver elástica e começando a soltar da mão (ou da colher, no caso de frescurinha!). Não se desespere colocando muita farinha, pois é preciso que a massa esteja úmida para que cresça com mais facilidade. Cubra a tigela com um plástico (deixe espaço entre a massa e o plástico) e alguns panos de prato (uso uns 5 e se o tempo estiver frio, enrolo num cobertor! Sério!) e proteja seu bebê de todo e qualquer trisco de corrente de ar. Deixe crescer por uma hora, mais ou menos (o tempo varia conforme a temperatura ambiente, quanto mais frio, mais tempo). Após o crescimento, numa bancada enfarinhada, sove a massa (sovar não é surrar! Amasse com energia e delicadeza), polvilhando mais farinha, se necessário, para facilitar a tarefa! Se gostar, polvilhe canela em pó para dar ainda mais sabor. Modele os pães (as tranças ficam lindas, mas se for pedir demais, as bolinhas ou o filão já bastam!), coloque numa assadeira untada (pra evitar a fadiga) e deixe descansar por mais 30 minutos (protegido de correntes de ar... recomendo que coloque no forno ainda desligado, lá ele estará seguro!). Após esse tempo, ligue o forno em temperatura média e deixe assar por aproximadamente 25 minutos, a cor do seu pão é você quem decide! Rende três tranças grandes. Enquanto espera, já sabe: coe aquele cafézinho espertíssimo! Depois é só se deliciar! Ah! se for congelar, deixe o pão esfriar sobre uma grade, fatie (se for uma trança ou filão, caso contrário irá precisar de uma moto-serra para fatiá-lo congelado!), coloque num saco plástico limpo e coloque no freezer. Para descongelar, retire as fatias que for consumir e coloque diretamente na torradeira ou no forno ou no prosaico tostex!

Não é por nada, não, mas fica divino, viu?! Não tenham medo da massa! Lembrem-se: é fazendo que se aprende!

*a saga dos ovos: http://claraemneve.blogspot.com/2008/02/uma-receita-da-minha-me.html

PS: essa beleza da foto é de minha autoria! rã-rã!

domingo, 16 de novembro de 2008

Top 5: situações que fazem qualquer um perder a compostura antes, durante ou após uma refeição


1° Engasgar: os motivos são diversos - farofa de farinha de mandioca com lombo e uva passa (...é tudo tão seco que comê-la sem um copo d'água a postos para socorro imediato pode ser considerado tentativa de suicídio), espinha de peixe (né?!*), piada engraçada contada na hora errada (opa!**), notícia chocante contada na hora errada, pedido de casamento feito na hora errada - não importa, numa fração de segundos a última porção resolve descer pelo lado errado então, o desespero, a luta pela sobrevivência, fazem cair por terra qualquer regra de etiqueta. O engasgado levanta bruscamente, a cadeira cai para trás, os braços vão ao alto, as lágrimas vão ao chão, os amigos/garçons/qualquer-um-que-estiver-por-perto vem ao socorro. E tapas, copos d'água, pedidos a São-Brás-São-Brás-São-Brás. Resumindo: um barraco em defesa da vida!

2° Subestimar a pimenta: seja num boteco, seja num restaurante (baiano ou não), seja na sua própria casa ou na de amigos, sempre há um vidro de pimenta. Normal. O problema começa quando algum espertalhão-metido-a-corajoso resolve desafiar os avisos de perigo-perigo-perigo escritos no rótulo e coloca uma generosa porção da bandida no quitute como se fosse um inocente catchup. O resultado?! Incêndio! Pior, não há extintor que resolva. O escândalo que se segue assemelha-se ao do engasgamento, mas difere-se por alguns detalhes. Como o "incidente" foi provocado por livre e espontânea vontade, alguns observadores se reservam o direito de chorar de rir da cara do incendiado e não estarem nem aí para socorrê-lo, além disso, nem adianta invocar São Brás, ele só salva engasgados, dos masoquistas até ele deve rir. O problema geralmente se resolve com 250 copos d'água, 350 copos de leite, 30 colheradas de óleo e uma declaração de "bem-feito-palhaço" de cada um dos presentes e uma vergooooonha!

3° Comer couve distraidamente, um perigo: atire o primeiro palito de dente quem nunca passou por uma gafe dessas! Você acabou de comer uma deliciosa couve-manteiga juntamente com qualquer outra coisa, sai do restaurante sem ter dado uma passadinha pelo banheiro. E vai, feliz da vida, caminhando rumo ao destino. Encontra um amigo, bate um papinho. Despedem-se. Sorri marotamente para um broto na rua. Mantém o sorriso, porque o broto realmente valia a pena. De repente, vê a si próprio no reflexo de uma vitrine ou espelho qualquer e quase morre com o que vê: uma folha de couve inteira cravada no meio do sorriso. Aaaaaaaaaaaaaaaaai que vergonha! O desespero é tão grande que nem dá tempo de procurar um banheiro e usar o fio dental, no meio da rua mesmo, lá vai a unha cutucando aquele pé de couve que brotou no meio dos seus dentes e a promessa de que o fio dental será seu melhor amigo inseparável dali em diante!

4° Encontrar uma lagartinha na salada: dobra daqui, dobra de lá, dobra dali, espeta no garfo e enfia na boca. Comer salada de forma elegante é um desafio. Fazer uma folha gigatesca de alface caber na boca sem ter de cortá-la é difícil, mas um pouco de prática faz de qualquer pessoa um elegante comensal. A menos que... no meio do origami verde, surja um tirinha vibrante, rebolante, viva! Uma lagarta! O garfo e a faca são atirados violentamente no prato e a refeição termina por ali. Se estiver num restaurante, chame o garçom, o mâitre, o chef, o dono, a polícia e grite: QUE NOJO! para todos eles. Qualquer escândalo é pouco!

5° Encontrar meia lagartinha na salada: depois de todo o passo-a-passo do item anterior, você se depara não com um serzinho rebolante, mas com um serzinho quieto, parado, morto... e pela metade! Além do choque de encontrar um ingrediente extra no seu prato, você terá de conviver com a eterna dúvida: onde é que está a outra metade da lagarta?! Além do garçom, do mâitre, do chef, do dono e da polícia, chame também um psicólogo pra iniciar sua terapia o quanto antes... você irá precisar!

*http://claraemneve.blogspot.com/2008/11/pescaria-em-goela-alheia.html

**http://claraemneve.blogspot.com/2008/07/previna-se-contra-exploses.html

domingo, 9 de novembro de 2008

Pescaria em goela alheia!


Um dia como os outros. Um almoço como os outros. Uma garfada depois, levanto-me da mesa num pulo. Olhos arregalados. Respiração ofegante. Dor. Estava morrendo engasgada. Já podia ver a luz. Eu era uma menininha de uns 6 ou 7 anos. Tão jovenzinha pra deixar esse mundo.

Mas minha mãe não ia se render sem lutar por sua cria, num rompante de heroísmo materno, deu-me um tapão nas costas* - pra agilizar o processo?!... não! ela achou que o caso fosse de engasgo puro e simples - posta a garfada pra fora, percebi que ainda havia um gato com as unhas grudadas em minha garganta. Como o prato do dia não era gato**, minha mãe chegou ao diagnóstico: uma espinha de peixe atravessara minha goela.

Minha família é toda punk. Pratica o lema do-it-yourself em toda e qualquer situação da vida. Salvamentos não ficam de fora dessa lista! Minha mãe não é exatamente um exemplo de sangue frio, é daquele tipo que fica mais em pânico do que a vítima, mas algo precisava ser feito. Jogou minha cabeça pra trás (...se não morresse pela espinha enroscada na garganta, morreria com a minha própria espinha quebrada ao meio!) e meteu a mão na minha boca. Ia arrancar o osso do peixe na unha! Mãe é mãe, heim?!

O ato foi bonito, no entanto, pouco eficiente. Havia um problema de proporção: a manopla de uma mulher adulta na boquinha de uma criancinha pequenininha. Mas minha mãe é taurina, teimosa que só vendo, e cismou que ia conseguir!! Eu que sofra, portanto.

Muito, muito, muito tempo depois, deseperada, ela se deu conta que se tratava de uma luta inglória com as leis da física. Solução: "Chama a vizinha e pede pra ela trazer a pinça!". E lá se foi minha irmã, em desabalada carreira, chamar a salvadora!

E eu ali, de goela pro alto, maldizendo todo e qualquer ser que tivesse espinha... no calor da fúria, até as rosas entraram na minha lista, só mesmo os moluscos e anelídeos se salvavam nesse momento! Chega, então, a vizinha. Agora, ao invés de uma, eram duas enfiando o braço na minha garganta, além é claro da pinça de sobrancelhas!!

Se fosse um pirarucu selvagem, vivo, já teria se entregado, mas aquela espinha lutou o quanto pôde. A essa altura, já acreditava que nunca mais conseguiria fechar a boca. A pinça e o olhar de lince da vizinha, porém, eram dupla invencível! Venceram! Ufa! A espinha devia ter uns 15 centímetros, tamanha foi a dificuldade de tirá-lo da minha campainha. Sobrevivi. O salvamento saiu baratinho, custou o preço de uma pincinha de sobrancelhas.

Não preciso nem dizer que fiquei com um trauma lascado de peixe, né?! Depois desse episódio não queria mais correr o risco. O único peixe que comia era atum: em lata!

Anos e anos depois, já quase não me lembrava do acidente de outrora, resolvi comer um peixinho tão apetitoso que minha mãe fizera. Adivinha! A única espinhazinha que sobrou foi parar na minha garganta!!! Algumas pessoas atraem sorte, outras dinheiro, há quem atraia olhares... eu atraio espinhas de peixe! Bacana, né?! Hoje, sabendo dessa minha incrível habilidade, não me arrisco, só como os seguríssimos sashimis!!



PS: Hoje ia escrever sobre outra coisa, mas, logo cedinho, lendo o blog do Daniel, lembrei-me desse causo. Ia narrá-lo por lá mesmo, nos comentários, mas começou a ficar grande demais, resolvi, então, contá-lo aqui. Portanto, para ler desgraça semelhante, não deixem de dar uma passadinha por lá: www.cheriaparis.blogspot.com . É de chorar de rir... desculpa, Daniel... hehehehehe


*meus pulmões funcionam estranhamente até hoje!

**Deus do céu... não seríamos capazes disso, nunca, que fique claro! Amo os gatitos mais do que tudo na vida.

domingo, 2 de novembro de 2008

Horta particular-orgânica-exclusiva-toda-sua de Temperos


É um luxo: ter uma horta de temperos e ervas frescas ao alcance das mãos. Imagine só, tudo fresquinho e orgânico, sem sair de casa e sem ter de pagar por isso. Melhor ainda: mesmo quem não tem um quintalzinho para chamar de seu, pode ter uma horta de temperos em casa.

Como qualquer plantinha viva que se preze, sua personal-horta fotossintetisa e por isso é necessário que ela tenha um espaço com luz solar onde você irá colocar os vasos e/ou jardineiras. Pode ser na janela da cozinha, na sacada do apartamento, no beiral da lavanderia, na varanda. Se a casa/apartamento tem animais, é aconselhável que se utilizem vasos suspensos... para evitar que a horta vire um banheirinho!!

Escolhido o local, é hora de definir o tipo de recipente onde as mudas serão plantadas. Os vasos são um charme só! Há diversas opções no mercado. Se forem ficar num lugar onde todo mundo vê, aproveite para explorar os cachepôs, um mais lindo que o outro, assim, além de serem úteis, seus vasos podem fazer parte da decoração. Outra vantagem dos vasos é que você poderá plantar uma muda em cada um. As jardineiras são coletivas e práticas! Dá pra plantar diversas mudas diferentes num mesmo espaço. Fica bem bonito, além de ser mais fácil de aguar, mas é bom lembrar que ocupam mais espaço e é mais difícil de mudar de lugar, por isso, é preciso que se opte por um lugarzinho que não atrapalhe a passagem e a limpeza.

Feitas as escolhas de local e recipente, momento de escolher as mudas! Isso irá depender do que é mais útil para você. Quais ervas e temperos você costuma utilizar nas receitas?! Recomendo o básico: manjericão, alecrim e hortelã. Não apenas porque são de larga utilização na cozinha, mas por se tratarem de mudas que vingam até na areia do gato! hehehehe A salsinha, por exemplo, que são vendidas em práticas sementes, demoram uma eternidade para germinar e as primeiras 80 vezes que você planta, elas nascem do tamanho de uma unha do dedo mindinho. Não dei sorte com a salsinha... uma pena. Em compensação, o manjericão virou uma moita maravilhosa, assim como o alecrim e a hortelã. As mudinhas podem ser compradas em floriculturas, feiras-livres e supermercados. Opte por mudas jovens, com folhas novas e verdinhas. Veja se não tem nenhum fungo grudado nas folhas e se têm brotinhos, isso dá mais chances de que irão crescer lindas e saudáveis na sua casa. Ah! Aproveite para comprar a terra vegetal!

Uma dica importante é preparar a terra antes de plantar as mudas. Adubos? Aditivos? Que nada! Use cascas de frutas (mamão, por exemplo!), talos (couve, salsinha), cascas de ovos moídas. O ideal seria fazer essa preparação uma semana antes de plantar as mudas. Na hora de plantá-las, não se esqueça de tirar o plástico que envolve as raízes, heim?! Depois de plantadas, ague a terra e as folhas. Procure se informar na floricultura sobre a necessidade de água de cada planta. Daí, é só esperar sua hortinha crescer linda e feliz.

IMPORTANTÍSSIMO: reza a lenda que, quando for colher as folhinhas, você precisa pedir licença para a planta, do contrário, ela não cresce mais. Tempero temperamental! Pode?! Não sei se é verdade, pelo sim ou pelo não, negocio com elas e peço licença a cada folhinha que arranco!!

Ah! Essa linda hortelã da foto é da minha hortinha!


PS: domingo é dia de Massa! E para dar sorte ao Felipe, a massa de hoje vai ser ao pesto, com o manjericão da horta, claro!!
...
PS2 (depois da corrida):...triste de chorar.. nem o 2° lugar do Alonso, depois de uma corrida impecável,me serviram como consolo... snif...