domingo, 30 de agosto de 2009

Top 5: tem disso aqui, não adianta negar!


1° coentro: você está no Alasca, neve, frio, quilômetros e mais quilômetros separam seu nariz de um prato que levou um certo ingrediente na receita. Mesmo assim, é possível senti-lo. Qual é o ingrediente?! Coentro, claro! Esse matinho não deveria estar na categoria de tempero, afinal, por mais temperança que se tenha ao usá-lo é impossível não contaminar toda a comida. Uma folhinha basta e lá se foi a receita todinha. E nem adianta negar, coentro é indisfarçável! Pra mim, esse é o campeão na categoria produto tóxico utilizado na cozinha;

2° cominho: praticamente um empate técnico com o anterior! Seu cheiro, também chamado de fedor ou simplesmente futum, pode ser sentido até mesmo por pessoas que perderam o olfato. Trata-se de uma poeirinha química extraída de sai lá onde... muito provavelmente era utilizado como agrotóxico para matar as piores pragas na lavoura, mas o Ministério da Agricultura, a Embrapa e o Papa perceberam que isso poderia contaminar para todo o sempre o solo do planeta e por isso proibiram seu uso como defensivo... daí, alguém, em alguma fazenda por esse mundão-de-meu-Deus, encontrou um frasco com 'cominho xypzq 800mg master power' e resolveu usá-lo na comida. Pior é que teve gente que gostou e por isso esse veneno é utilizado até hoje. Sabe essas anomalias que se vê por aí?! Essas mutações e doenças inexplicáveis?! Cominho!

3° cebola: sei que aqui se plantará a semente da discórdia, afinal esse ser tem declarados fãs por aí... e não são poucos. Urgh! Particularmente, o-de-i-o. Minha única dúvida é se a cebola é pior crua ou cozida. Crua é crocante, fedida, ácida e deixa um bafão de lascar (...bafo esse que nem cloro puro é capaz de amenizar... sei de namoros que terminaram por conta de hálito de cebola, heim!!). Cozida tem aparência intragável, mais parece um bigato albino listradinho de verde. O fato é que, crua ou cozida, esse trem contamina a comida por onde passa. Para ajudar, tenho uma sorte danada: se existe um único pedaço de cebola numa panela inteira... esse pedaço irá parar no meu prato, sempre, invariavelmente. Perseguição! A única ressalva que faço é quanto ao aroma de um bife acebolado... ainda que eu nunca, nunquinha, nunquíssima vá comê-lo, dado o nível irreversível de contaminação, acho o aroma produzido bastante agradável. E essa é a máxima declaração positiva que posso dar em relação à odiosa cebola;

4° pimentão: somente o Sarney seria capaz de negar que numa comida com pimentão não há pimentão... e é lógico que ninguém irá acreditar. Por dois motivos: o primeiro porque é impossível! Se alguém mostrar o pimentão para uma comida... automaticamente ela estará contaminada. Segundo porque... ninguém mais acredita no Sarney, né gente?! Só o Lula, seus amiguinhos e a base aliada, claro! Mas voltemos ao pimentão. Taí mais um ingrediente que não tem como disfarçar. Não adianta colocar pouco ou muito, quem está passando pelo entorno (vizinhança e arredores) de uma cozinha onde se prepara uma comida com essa coisa, sabe que ele, o pimentão, está lá. Também é possível descobrir, três semanas depois, que alguém comeu pimentão, afinal é esse o período da azia que ele provoca. Eca, né?!

5° azeitona: rá-rá! Quem foi que disse que sou uma pessoa tendenciosa?! Amo azeitonas... de todos os tipos, em todos os pratos, mas é inegável que ela tem um sabor que toma conta. Invade cada garfada, colherada ou fatia do que se está comendo. Sou do time que adora, mas conheço três ou quatro que não suportam essa bandidinha, justamente por esta propriedade invasora de sabores. Há inclusive quem culpe justamente a azeitona da empada pela azia, má digestão, efeito giboia que se sente depois de um dia daqueles num rodízio de iguarias colesterentas. Pode?! Sei lá, mas se tem azeitona, não adianta negar... todos sabem que tem dela ali.

domingo, 23 de agosto de 2009

Antes de comer, certifique-se de que a coisa é comestível...


Tenho um amigo que é responsável por algumas das histórias alimentares mais engraçadas que conheço. Ele é sagitariano como eu, mas, ao contrário de mim, consegue ser o 8 e o 800 numa mesma fase. Explico: já tive a minha fase alimentar mega-junkie, mas numa guinada, quando descobri que não tinha mais 15 anos (snif!), passei para a fase mega-saudável... nela estou e pretendo continuar. Meu amigo, no entanto, é mega-junkie e mega-saudável tudo ao mesmo tempo agora. Come de tudo e adora tudo.

Ele é super bem humorado, mas se tem uma coisa que o deixa ranzinza é fome. Por isso, sempre carrega em sua mochila de utilidades uma verdadeira lancheira com mil coisinhas para beliscar ao longo do dia. Acontece que num certo dia, já quase no fim do expediente de trabalho, ele, que havia saído para fazer serviços externos e demorou mais que o previsto na rua, retornou verde de fome e azedo de humor.

Passou por todos como um foguete. Ninguém se atreveu a falar com ele, era o mais seguro a fazer, afinal era nítido que ele não havia comido nada e todos sabem que, em casos assim, o melhor é se manter o mais distante possível. Foi direto para a cozinha para revirar sua mochila, pegou a sacola onde deveria haver frutas, barrinhas de cereal e afins.

Ao abrir a tal sacola... qual não foi sua surpresa ao descobrir que trouxe a sacolinha do lixo da pia da casa dele!! Antes de se dar conta do próprio engano saiu intimando quem tinha sido o responsável pela brincadeira de péssimo gosto (...nesse caso, incontestavelmente, literalmente de péssimo gosto!!). Todos o convenceram de que ali, não havia ninguém louco o suficiente para mexer com a comida dele, então, ligou a com b e descobriu que se atrapalhara um tiquinho ao pegar a sacola de comidinhas antes de sair de casa!

Como já era tarde e o assunto era de extrema urgência, ele se virou como pôde na cozinha: comeu aveia com água! Não interessa se era bom ou ruim... o mais importante é que, de barriguinha cheia, ganhamos nosso amigo bem humorado de volta e pudemos rir a valer dessa confusãozinha que ele havia feito.

Ah... são tantas histórias hilárias... tem a do bombom de sabonete, a do pernil com maionese e suas consequências, a da coxinha de cabelo que saiu rolando... uma mais divertida do que a outra. Mas esses são causos para outros posts...

Importante mesmo é a lição que aprendemos hoje: antes de comer, certifique-se de que a coisa é comestível!

domingo, 16 de agosto de 2009

Por acaso ou por destino, como queiram...


Todos os dias, na hora do almoço, era aquele restaurante que ele escolhia. Não era o mais sofisticado, nem o mais aconchegante, nem mesmo era acolhedor, o preço não era bom e a comida era ruim, mas, religiosamente, todo santo dia, lá estava ele.

Entrou ali pela primeira vez por acaso, ou por destino, como queiram. Estava em mais uma das tentativas de parar de fumar e numa crise incontrolável de abstinência entrou na primeira porta que viu para comprar cigarros. Foi quando se deparou com ela.

Uma garçonete de rosto comum, corpo comum, gestos comuns que, naquele momento, não se sabe se por conta da abstinência de nicotina, era a mais linda das criaturas que ele já tinha visto. Amor à primeira vista.

Ao invés do cigarro, sentou-se numa mesa e pediu que ela lhe trouxesse uma água:

- com ou sem gás?!

Seu coração quase saltou pela boca. Era tímido de doer:

- s...s...sem.

Uau! Nunca, num primeiro encontro, uma conversa havia fluído tão rápido, tão bem! Só podia ser um sinal! Decidido a conquistá-la, ia voltar lá todos os dias... mesmo ficando esse restaurante a cinco quadras de seu escritório, mesmo sendo caro, feio e tendo cadeiras tão, tão desconfortáveis, afinal, Ela estava ali... e era tão delicada, gentil, atenciosa.

Na hora do almoço, no dia seguinte, fez seu prato no buffet e sentou-se na mesma mesa do dia anterior. Queria cultivar a memória visual de sua amada. Depois de duas garfadas, sem sentir o gosto da comida, não se sabe se pelo nervosismo, pelo amor ou pela falta de gosto da própria comida, levantou o braço trêmulo para chamar sua amada. Estava decidido a puxar conversa:


- pois não?!

- s...s...sal!


Sal! Foi a palavra mais curta que achou naquele momento. Naquele e em todos os próximos. Todos os dias ele a chamava e pedia sal. E foi assim por meses e meses e meses.

A dona do restaurante, que observava a cena todos os dias, sacou que o caso não era exatamente de sal, chamou sua funcionária e deu a dica:


- você ainda não notou?! Esse cliente vem aqui todos os dias e pede sal pra você! Ele fica tão nervoso que só pode estar afim de você, sua boba!
- ele não faz meu tipo.
- ah, mas até que ele é bonitinho, apesar de ser tímido de dar dó...
- sim, sim, mas não é isso que me incomoda nele...
- é o quê, então?
- prefiro caras doces...


Gosto não se discute!
Depois de dez meses, de uma hora para outra, ele não apareceu mais no restaurante. Soube-se depois que estava tratando de problemas renais e da pressão alta: excesso de sal na alimentação. Quem contou foi a enfermeira do hospital vizinho ao restaurante. Enfermeira que por acaso, ou por destino, como queiram, estava saindo com ele.

domingo, 9 de agosto de 2009

Sadia!

Amo pão de queijo! Quando estou com preguiça de fazê-lo, compro pronto, congelado, para assar em casa. Quando é esse o caso, a marca escolhida, depois de provar diversas outras, é Sadia.

Até então, o motivo limitava-se ao produto: o tamanho dele é ótimo, nem coquetel, nem lanche; assa rapidinho e depois de assado, fica com aquela crostinha crocante por fora e maciozinho por dentro, mas não aquela coisa molenga que vem inteira na boca na primeira mordida; muito saboroso, gostinho de queijo suave; salgado na medida, nada excessivo.

Sexta-feira, fim de tarde. Semana difícil. Tudo o que eu queria era um balde de café e alguns pães de queijo, quentinhos, fresquinhos. O café, lógico, eu tinha em casa, pão de queijo, não. A caminho de casa, passei no mercado e peguei um pacote de Pão de Queijo congelado da Sadia. E fui rapidíssimo pra casa.

Galerinha no forno, café na cafeteira e fome de leão tomando conta de mim. Mas, conforme os minutos iam passando, minha alegria foi se demilinguindo... juntamente com os pães de queijo. Meus pãezinhos tiveram uma crise de identidade e viraram mingau na assadeira. Depois de assado, virou um biscoitão de polvilho. Aaaaaaaaaaaaaaaaaah!

Num misto de tristeza, frustração, revolta e fome, muita fome, liguei para o Serviço de Atendimento ao Consumidor da Sadia pra perguntar 'por quê? por quê? por quê?'. Como já passava das 18h, fui atendida por uma secretária eletrônica que me pediu nome e telefone. Snif.

Sábado. Domingo. Segunda-feira, nem me lembrava mais do episódio ocorrido na sexta, quando meu celular tocou! Era a Sadia! Ó, que bonitinha! Uma atendente muito simpática e atenciosa* estava retornando minha ligação. Relatei o que aconteceu, então ela explicou que provavelmente houve mudança de temperatura: ele descongelou e congelou novamente (...sabe aquelas situações que uma pessoa pega a mercadoria do freezer, desiste no caixa e não devolve ao freezer?! Acontece isso! ). Daí, surpresa, a Sadia me daria outro pacote de pão de queijo com dia de entrega agendado! Demorou um pouqinho: oito dias, mas é por que moro em Far-Far-Way!!

No dia marcado, às 8:30h da matina, meu novo pacote de pão de queijo foi entregue! Final feliz!
Então, oito dias depois, finalmente pude comer meu pão de queijo quentinho acompanhado de um baldinho de café... Mellita, claro! hehehehe

Como diria o jornalista José Paulo de Andrade no programa Pulo do Gato da Rádio Bandeirantes**, 'Empresa séria não discute, resolve!'. E não é que é isso mesmo?! Agora, escolho e recomendo o Pão de Queijo Congelado Sadia pela qualidade do produto e pela garantia do pós-venda! Satisfação garantida.


*...aaah, infelizmente não anotei o nome dela!
**Programa 'O Pulo do Gato', diariamente das 5:30h às 7h, na rádio Bandeirantes de São Paulo, 90.9 Fm, 840 AM.

domingo, 2 de agosto de 2009

Chocolate com 90% (...eu disse 90%) menos calorias


Quando bati os olhos nessas palavras achei que fosse pegadinha, mas não, não era! Deu no Estadão do dia 21 de julho*, um jornal sério e responsável, a seguinte manchete : Chocolate perto de revolução na Suíça - empresa promete produto com 90% menos calorias.

Pena que é na Suiça e ainda está em fase de testes. A Barry Callebaut, empresa suíça que produz "1,1 mi de toneladas de artigos de cacau (...) desenvolveu um tipo de chocolate com propriedades inteiramente novas. De acordo com o principal pesquisador da empresa, Hans Vriens, o chocolate apresenta 90% menos calorias do que o produto comum." Uaaaaaaaaaau!

Mas, de acordo com a notícia, sabe qual é o maior interesse desta empresa?! Produzir um chocolate que seja capaz de suportar altas temperaturas sem derreter para atender as demandas de países quentes como China e Índia, uma vez que este produto desenvolvido por eles só começa a derreter a partir de 55°C, enquanto que os outros viram calda a partir de 30°C, ou seja, é possível comer esse novo chocolate me pleno verão baiano subindo as ladeiras do Pelourinho sem que suas mãos fiquem lambuzadas e sem perder um único grama de chocolate. Dessa propriedade veio a inspiração para o nome do chocolate: Vulcano. Embora acho difícil que sua barrinha não derreta se você resolver comê-la sentado à beira de um vulcão incandescente!

A princípio, a Barry Callebaut visa ao mercado norte americano, já que o pessoal por lá parece ser obcecado por dietas e regimes e o mercado de chocolates lá 'praquelas bandas' anda estagnado. No entanto, esta empresa será muito tolinha se não se der conta do óbvio: o Brasil além de ser um país tropical, cujas temperaturas, no verão, fazem derreter o chocolate dentro da geladeira, é também um país que tem crescente preocupação com a estética... é só repararem no número de cirurgias plásticas que são feitas, os lucros e crescimento do ramo de produtos cosméticos e os preocupantes números relacionados à venda de remédios de emagrecimento. Resumindo: chocolate com 90% menos calorias, por aqui, venderia mais do que cerveja em micareta! Hey, Callebaut, olha a gente aqui!

Embora ache bem bacana a ideia de comer chocolate durinho até o fim , já que adoro quando ele faz aquele 'crow-crow-crow' na boca, me interessa muito mais saber que mesmo que eu coma 1Kg de chocolate, estarei consumindo as calorias dos 100g habituais. Uia! Precisa de mais o quê para ser feliz?! É a realização do mais delirante dos meus sonhos!!

Chocolatras do Brasil, uni-vos em uma corrente de fé para que esse chocolate dos sonhos chegue o mais breve possível às terras tupiniquins... e, de preferência, com preços ascessíveis, né?!!
*O Estado de São Paulo, ano 130 - n° 42280, terça-feira, 21 de julho de 2009 - Caderno B16 - Negócios