Tempos de Guerra
As notícias sobre a crise dos alimentos são o novo hit da imprensa e o que era para ser informção acaba se tornando, devido ao tom sensacionalista, um alarme de emergêngia que coloca as pessoas em pânico e as fazem correr desesperadamente para os supermercados em busca de alimentos para estocagem. Isso explica uma cena que tem se repetido ultimamente: supermercado lotaaaaaado, carrinhos abarrotados e prateleiras vazias.
Bastou dizerem que a produção de arroz caiu, consideravelmente, no mundo para que os preços disparassem por aqui. No dia seguinte às notícias, os supermercados já divulgavam seus novos preços, suas promoções e, como não poderia deixar de ser, seus limites de venda por consumidor. Resultado: pessoas com quatro, cinco pacotes de arroz em seus carrinhos. Não demorou muito para as prateleiras ficarem vazias e só sobrarem aquelas marcas que já eram mais caras e que ficaram mais ainda.
Mesmo o Governo dizendo que por aqui não faltaria arroz no mercado, os preços não recuaram, nem o desepero coletivo. Descrédito do Governo ou oportunismo do mercado? Os dois, não é mesmo?! O fato é que as pessoas, à mercê de especulações, assustam-se com a possibilidade de faltar o arrozinho de cada dia e gastam suas economias para fazer estoque. Parece até que estamos vivendo em tempos de guerra.
Com os preços nas alturas, é a criatividade que vai pra cozinha. Jogar aquele restinho de arroz que ficou no fundo da panela?! Nem pensar! Há um trilhão de receitas para aproveitar todas as sobrinhas. O melhor mesmo é tentar substituir, mudar a rotina, passar a comer outros alimentos. É um bom momento para passar a comer uma saladinha de alface e tomate... que aliás, segundo últimas notícias, estão contaminadíssimos com agrotóxicos e substâncias proibidas. Melhor então, caprichar no café da manhã. Tomar aquele copão de leite, que continua caríssimo, embora não seja mais notícia, torcendo para que não esteja tããão contaminado com soda cáustica, que também deixou de ser notícia. Na dúvida, que tal se alimentar de luz?! Mas cuidado com as radiações ultra-violeta. Melhor caprichar no protetor solar... que anda pela hora da morte! Se a grana estiver curta para o protetor, alimente-se de luz artificial. Aproveite enquanto os Paraguaios não resolvem se deixam de vender a energia de Itaipu pra gente e os preços também não são, digamos, reajustados!!
Como está difícil viver no século 21, não?! Preferia aquelas previsões que diziam que estaríamos usando roupas metálicas e passeando em carros voadores, afinal, carro, pelo menos em São Paulo, nem andar anda mais.
3 comentários:
Tô sépia!
Jura que você presenciou essa corrida desenfreiada ao arroz???
Morgs.
De pés juntinhos!!! Régis e Maíra são testemunhas!!
Falou tudo!
: )
E vamos continuar vivendo até a próxima notícia...
Postar um comentário