Chopp sem colarinho, sem gravata e sem paletó!
Gosto cada um tem o seu e não se discute. Quando o assunto é chopp, porém, até existe uma certa unanimidade quanto à melhor marca nacional, pois não?! Difícil quem não prefira um chopp Brahma a qualquer outro. A polêmica maior, nesse caso, refere-se não ao conteúdo do copo, mas de que maneira ele chegou lá!
Há quem verse sobre a arte de tirar um belo chopp: inclinação do copo, distância entre o bico da máquina e a borda do copo, temperatura do copo, temperatura da mão que segura o copo, o tipo de copo! Xiiii, detalhes não faltam!
Acho curioso como se confere tantas minúcias a uma bebida que se toma de maneira informal, em momentos tão descontraídos. Não, não, não... não estou censurando quem atente aos pormenores, de modo algum... até mesmo porque, claro, também tenho minhas preferências!
Minha, digamos, implicância centra-se no colarinho. Sim, aqueles quatro palmos de espuma quente que insistem em dizer que é parte do chopp!
Imagine a cena: depois do expediente, numa tarde quente, daquelas de fazer o horizonte tremular, com asfalto em labaredas, nenhum sopro de vento para apaziguar a fornalha, nenhuma nuvem sequer para amortecer os raios de sol atirados à Terra como lanças de fogo, ou seja, uma dessas lindas tardes do nosso lindo verão tropical! Você está caminhando há algum tempo, vestindo a roupa errada (sabe aqueles dias que você jura que não vai esquentar tanto e sai com a ‘blusa do pijama’* por baixo do blazer e fica com vergonha de tirá-lo?!) e com o sapato de pele de urso (imitação de pele de urso, por favor!), de repente você avista aquele bar que tem o chopp mais geladinho do mundo. Sua boca já se enche de esperança de poder se refrescar. Você entra, se senta e pede um choppinho trincando ao garçom. Infinitos segundos depois, eis que surge a sua frente: o copo! De olhos fechados, para sentir o momento, sua boca toca a borda do copo que se inclina ligeiramente. O primeiro gole.
O primeiro gole? De quê? De chopp? Nããããão... o primeiro gole de chopp só aparece depois de uns três goles daquele creme quente e amargo que faz você sentir ainda mais sede! Como se não bastasse o instante de frustração vivido pelas papilas gustativas, você ainda ganha, de brinde, um farto bigodão branco!
Tem garçom que me olha torto, tem garçom que finge que não ouviu, tem garçom que pergunta ‘por que?’, tem garçom que se irrita e tem aquele que resolve explicar que o chopp é constituído de duas partes inseparáveis: o líquido geladinho e refrescante mais a espuma quente e insossa. Às favas as explicações, meu pedido sempre vai acompanhado da ressalva: sem colarinho, por favor! Pra mim, chopp bom é chopp sem colarinho! Bem informal! Como deve ser. Mas se você prefere tomar o seu com colarinho, gravata e paletó... fique à vontade! Só não deixe de aproveitar o último domingo do verão**!
*chamo de ‘blusa do pijama’ aquela blusinha, camisetinha ou coisa do gênero que é super, mega, blaster confortável, que já está meio encardidinha, com um furico embaixo do braço, mas que você morre de dó de jogar fora porque ainda rola um sentimento, sabe qual? É essa aí! E nem adianta falar que não tem porque é próprio do ser humano ter uma dessas!!
** já estou sentindo saudades!
3 comentários:
Com essa loira sou exigente,tem que estar na temperatura correta, colarinho alinhado e bem trajada!
OI Fabi, o blog tem twitter? Não achei nada....
Hey, Duguinho... bom vê-lo or aqui!
Qaunto ao chopp... bom... você até que fica bem de bigode, então pode pedir com colarinho!hehehehe
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Bianca... o blog não tem twitter... demorô, né?! Prometo que tão logo seja possível provendiarei isso!
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Bjs1
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