domingo, 4 de abril de 2010

Páscoa?! Oi?! Onde?! O que?! Já?! Por quê?!


Impressão minha ou é Páscoa de novo? Papai Noel mal dobrou a esquina com seu trenozinho e eis que lá vem o Coelho em desabalada carreira distribuindo ovos! Muito rápido, minha gente! Ainda nem consegui me recuperar da comilança de fim de ano e já estou abraçada num mega ovo de chocolate pra me consolar.

Do jeito que as coisas vão, chegará o tempo em que teremos um feriado só. O que seria pééééééssimo, não?! Já imaginaram?! Numa única ceia saborearmos panetones, ovos de Páscoa, peru, bacalhoada, pé-de-moleque, colomba, lentilha, quentão... isso pra ficar em apenas sete itens, afinal, se fosse listar todas iguarias típicas de cada feriado, teríamos um verdadeiro caos gastronômico.


Facilitaria um bocado a vida de heróis (oi?!) como Papai Noel e Coelho da Páscoa. Ah, coitadinhos! Pensem bem... os pobrezinhos (modo de dizer, claro... afinal, quem hoje em dia tem condições de sair distribuindo presentes assim, literalmente, para todo mundo? Todo mundo também modo de dizer, claro... afinal, só ganha quem tem dinheiro pra comprar... um pequeno contraponto sócio-cultural-econômico que não vem ao caso... fiquemos com a fantasia por hoje, ok?!)... como eu ia dizendo... os pobrezinhos nunca conseguem passar esses feriados com suas famílias!

Mamãe Noel já não sabe o que dizer aos filhos, netos, bisnetos, tetra-netos (e por aí vai, afinal o casal é velho, heim?!). Cadê o pai, o vô, o bisa?! A última que a velha disse foi que o bom velhinho foi comprar cigarros... a notícia caiu feito uma bomba na família. Não pra menos... com aquela idade o velho deu pra começar a fumar?! E o exemplo, onde fica?! Xiiii, azedou a ceia de todo mundo. No dia seguinte, depois de ter trabalhado a noite toda entregando presentes, Papi Noel ainda teve que ouvir um discurso mais longo do que a soma de um do Hugo Chaves com um do Fidel Castro. Ninguém merce, mesmo!

E o Coelho?! Veja bem, o caso desse ser fofíssimo é tristíssimo e muito pior do que o do bom velhinho. Primeiro porque o número de filhos é incontestavelmente maior: cresce em progressão geométrica. Segundo, seu prazo de entrega não se limita a uma madrugadica de nada... o bichinho peludo tem um dia inteiro de trabalho duro. Mais! Tem que ser criativo, afinal, não tem uma árvore para colocar os 'presentes' embaixo... ainda querem que ele esconda os ovos!! Uma judiaria! Ele nunca consegue almoçar com a família. Depois de um dia inteiro de trabalho, o máximo que consegue é comer um prato feito que a sua coelhinha deixou dentro do micro-ondas pra ele esquentar quando chegar.

Triste, né?! Então, já que os natais e as páscoas estão assim tão grudadinhos, poderíamos sugerir que os dois fizessem um rodízio. Num ano Papai Noel encarregar-se-ia (!) de entregar os presentes de Natal e os ovos de páscoa e no ano seguinte quem faria as duas tarefas seria o Coelho. Dessa forma, ano sim, ano não, essas figuras poderiam desfrutar da ceia de Natal e do almoço de Páscoa com suas famílias, que, aliás, é a melhor parte dessas datas, né não?!

Alucinações à parte, espero que todos tenham uma linda Páscoa e que hoje seja o marco do renascimento de bons pensamentos e atitudes! Chocolatemos para celebrar!


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