domingo, 16 de outubro de 2011

CSI Pudim - investigação criminal!



Era um dia como outro qualquer. Uma manhã em que todos chegavam para trabalhar. Tudo corria na mais enfadonha rotina de sempre. Mal sabiam que na noite anterior, um crime ocrrera ali. Levou um tempo até que percebessem que um crime havia acontecido ali.


O movimento era normal. Pessoas debatiam sobre o capítulo da novela, sobre a notícia no jornal da noite, falavam da vida alheia, quando, da cozinha, ouviu-se um grito! Todos largaram o que estavam fazendo e correram para averiguar o que se passava.

Sobre a mesa, uma travessa com um pudim inteiro... aparentemente inteiro. Diante dele, a dona do pudim com respiração ofegante, o olhar era um misto de fúria, dor e revolta.


Os espectadores entreolhavam-se sem entender o que provocara aquela reação, até que um mais corajoso perguntou:

- O que houve?! Por que você gritou?! O que há de errado?!

- (bufando) Alguém roubou meu pudim!


Coisa curiosa, afinal, o pudim parecia intacto! Um pudim fatiado, mas com todas suas fatias ali, sem falhas Percebendo o descrédito com que sua declaração fora recebida ela completou:



- Vocês sabem: eu trago, a cada dois ou três dias, um pudim para vender as fatias. Deixo o pudim, já fatiadinho, dentro da geladeira, e um caderninho em cima dela, assim, quem pega uma fatia, anota o nome e me paga no fim do mês...


Até ali, ninguém atinava o que de errado poderia ter ocorrido, afinal, pareciam estar ali todas as fatias! Não se contendo, alguém perguntou:


- Quantas fatias?

- ... 12!

- Espera... - pondo-se a contar - 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11...12! Doze! Estão aí, as doze fatias! Tudo não passou de um engano... resolvido, certo?!

- ERRAAADO!


A essa altura, já se ouviam cochichos na plateia: 'pirou de vez!' 'se ela deixou 12 e tem 12, qual o problema?' 'será que ela tá na TPM?!' 'será que surtou?!'. Irritada com o burburinho, a dona do pudim enfezou-se mais ainda:



- Eu quero que o larápio apareça agoooora e confesse na minha cara que me roubou!


Assustados, os membros da plateia entreolhavam-se, agora em silêncio.


- Anda, gente! Se teve coragem de roubar, vai ter que ter coragem pra assumiiiiir...


Medo ou curiosidade? Curiosidade, sempre:


- Não devo ser o único, então lá vai: o que está acontecendo?! Se você acabou de dizer que seu pudim foi deixado com 12 fatias ontem e hoje tem as mesmas 12 fatias... o que roubaram?! A calda?????

- Não! Roubaram o pudim... venha ver... venha aqui pertinho...


Ele foi. Com medo, mas foi.


- Repara aqui - afastando levemente uma fatia da outra - vê?

- O quê mesmo?!

- Veja que as fatias tem marcas de uma faca de serra...

- ...ce-certo... isso significa queeeee...

- EU NÃO CORTO O PUDIM COM FACA DE SERRA!

- ...

-...o larápio arrancou uma lasca de cada uma das 12 fatias do meu pudim! Juntando, de lasquinha em lasquinha, o cretino me roubou umas duas fatias inteiras!


Claro que um crime cometido com tanto requinte não poderia ficar impune. Mais tarde, a chefe fechou as portas da repartição e convocou uma reunião com toda a equipe. Havia um clima muito tenso pairando, afinal, todos eram suspeitos. O silêncio imperava. A chefe, então:


- O que aconteceu aqui foi muito grave! Temos um pudim desfalcado, a dona do pudim que levou o prejuízo e alguém que cometeu o delito... por isso eu vou perguntar só uma vez e espero que a resposta surja de pronto: quem fez isso?


Silêncio.

A dona do pudim bufava enquanto seu olhar buscava, dentre todos, o culpado.

Minutos, que pareceram horas, passaram-se até que, lá do fundo, um tímido braço se levantava em sinal de confissão. O dono do braço então se levantou e, sacando algumas notas da carteira, finalmente disse:


- Olha, está aqui o dinheiro que paga o pudim todo! Fui eu quem cometeu o crime... mas eu nunca poderia imaginar que seria descoberto... acreditava ser um crime perfeito... considerava não ter deixado nenhuma evidência... mas você... você... quanta astúcia! Parabéns! Meus parabéns!


Acredito que nem o pessoal do CSI teria descoberto esse crime! E sabem o que é pior? Pois eu digo: trata-se de um caso VERÍDICO! Juro por Deus: aconteceu de verdade. Eu não era a dona do pudim, também não fui a autora do crime, fui apenas a plateia. Se não acreditam, não os culpo... é realmente inacreditável... se eu mesma não tivesse estado lá, possivelmente não acreditaria...

2 comentários:

Chéri disse...

Era pudim de leite moça? Poderia ter sido eu o ladrão. :)

Beijocas.

Unknown disse...

kkkkk Era sim, Daniel!
Bjk!