domingo, 14 de junho de 2009

Jura que já é junho?! Jesus!


O tempo: esse molequinho sapeca que sai correndo por aí, em desabalada carreira, e a gente nem percebe, quando vai ver, já passou. E não é que junho já está praticamente na metade?!

São tantas as tarefinhas a serem cumpridas que a gente só acaba vendo os dias no calendário e mal repara no mês. Esse fim de semana levei um susto quando vi repostagens em todos os lugares sobre as mandinguinhas para Santo Antônio*.

Sim, são as Festas Juninas colorindo as paróquias com suas bandeirinhas e perfumando as quermesses com seu cheirinho de gengibre e canela! E dá-lhe quentão para aquecer esse outono que não se manca que não é inverno!!

Minha mãe se empolga nessa época. Acho que esses ares interioranos que as festas de junho trazem mexem com o dna caipira dela. Ela é uma legítima descendente de caipiras: filha de pai e mãe caipiras, nascida em Jambeiro e criada até mocinha em Caçapava (...ou seria o contrário?!), Vale do Paraíba, interior de São Paulo.

A ancestralidade caipira de mamãe, como ela mesma diz, vem à tona, a cozinha funciona a plenos vapores e, como se fôssemos todos morrer amanhã e precisássemos comer tudo num único dia, ela consegue preparar, numa mesma tarde, canjica com leite de coco, arroz doce com canela e leite condensado, bolo de milho com queijo e coco e, para completar, amendoim torrado para beliscar entre um doce e outro! E lá vou eu para o sacrifício de provar muito de tudo. Quantas delícias!

E assim, todos os anos, minha mãe faz questão de honrar a tradição caipira e deixar a família um pouquinho mais gordinha nesses gélidos dias de junho! E viva as guloseimas juninas! Viva!

Só ficou faltando o chá do padre**... me esqueci de comprar a Paçoquita e fiquei sem coragem de sair nesse frio polar só pra isso... mas ainda tenho duas semaninhas para resolver essa falha!

*...a mandinga que mais me chocou foi a que colocam o poverelo do santo, sem o menino Jesus, virado de ponta cabeça dentro de um copo de cahaça num armário escuro!! Gente, estão pegando pesado com o Santo! Isso é tortura das brabas. Será que não periga de acontecer o efeito contrário?! Eu, heim?!

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