segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Batatando


- Batatinha quando nasce, se esparrama pelo chão...
- Se esparrama ou espalha a rama?

Tanto faz! Afinal, importante mesmo é que a batata está presente em nossas vidas das mais variadas formas: de musiquinha à refeição, de apelido à interjeição.

Assim, de pronto, não consigo imaginar um ingrediente mais versátil do que a batata. Seja da maneira mais simples ou da mais elaborada, acompanhando um ovinho frito ou um belo bacalhau, lá está ela.

Batata qualquer um, por mais juca que seja, consegue preparar. Quem não é capaz de fazer um purê?! Cozinha a bichinha, amassa, acrescenta sal e azeite/manteiga e tã-nam: uma comidinha rapidinha para matar aquela fome que pintou num dia de despensa desprevenida.

A partir daí, o céu é o limite! As possibilidades são infinitas: frita, dourada, assada, flambada, cozida, marinada. Há também opções mais violentas: aos murros, às pancadas, aos tapas aos beliscões. Sempre ao gosto (ou ao talento) de quem come (e/ou prepara).

Isso tudo pensando nela purinha. Quando se torna parte de uma receita, ninguém a segura! Minha versão favorita?! Nhoque de batata -digno de ser prato único, prato principal, estrela de qualquer almoço ou jantar. Mas também é ela que, em meio a um prato esquisitíssimo, salva a refeição de um pobre desavisado. Não tem certeza se o ensopadinho é de frango ou de rinoceronte?! Coma apenas a batata.

A batata é tão presente em nossas vidas que sou capaz de apostar que todos têm, tiveram ou um dia terão ao menos um amigo ou amiga com o apelido de Batata. Os (as) Batatas são pessoas bonachonas, de bem com a vida, o tipo gente finíssima - embora, quase sempre, tenham formas mais arredondadas!

Claro que se trata de uma generalização, mas acho difícil imaginar um bandido cuja alcunha seja Batata: "Preso, nessa madrugada, o temido serial killer Batata"; "O traficante Batata foi morto numa operação da polícia"; "Batata, após roubar os doces de uma criancinha, chutou a canela de uma velhinha e fugiu em desabalada carreira".

Sei lá, não combina! Deve ser porque a batata é um tuberculo bom por natureza e está fadada a ser sempre associada a comidas gostosas, pessoas bacanas e coisas legais. Não é à toa que quando se acerta alguma coisa na mosca se diz, o quê?! O quê?! O quê?! Batata!

- Que tal: "Batatinha quando nasce, espalha a rama se esparramando pelo chão..."
- Bacana, bem democrático!

Assim como a batata!

2 comentários:

Ricardo disse...

"Bloody potatoes" como diriam os ingleses.

Unknown disse...

Oi, Fabi!
Adorei o seu post, me senti muito homenageada, rsrsrsrsrs
Da uma visitadinha no meu blog tb, ok?!