domingo, 18 de março de 2012

A relatividade das atitudes ecológicas



(prometo que semana que vem conto o causo dos cafés da manhã em Paris, mas preciso contar um fato ocorrido nessa semana, ok?!)





É sabido por todos, ou pela grande maioria, que o óleo de cozinha utilizado em frituras, além de fazer mal para o organismo, também é um agente altamente poluente das águas e do solo, pois não?!



Foi pensando nisso que, tomada por um sentimento ecológico, embuída de toda boa vontade do mundo, em prol das futuras gerações, que disse à minha mamãe o seguinte:



- Mãe, no Carrefour, do lado do trabalho tem coleta de óleo de cozinha, então, vai juntando e quando tiver uma certa quantidade você me avisa que eu levo e deposito no local apropriado!



Olha que fofa que eu sou. Pois é! Passados alguns meses (mamis usa super pouco óleo, fofa!), num certo dia ela me diz que, se eu pudesse levar, já tinha uma embalagem cheia de óleo velho para descartar. Ela tomou o cuidado de colocar em 4 sacolinhas plásticas (minhas questões começam aqui: o óleo vai para reciclagem... e as sacolinhas e a embalagem???) e me entregou. Coloquei no meu carro, no assoalho do lado do passageiro e fui trabalhar. Era segunda-feira.



O caso é que minha vida está, como vou dizer, o verdadeiro sambadocrioulodoido... não tenho tempo nem para espirrar, sem contar que a quantidade de informações com as quais tenho tido que lidar faz com que o básico seja deixado de lado... resumindo: ando meio retardada! Por isso, não tive tempo de ir até o Carrefour levar a tal gordura para reciclagem... e quando fui... claro que esqueci de passar no carro para pegar o pote!


E assim foi: segunda, terça, quarta... até que na quinta-feira, ao chegar em casa (estressada tal qual o demônio da Tazmânia), notei que a fofura da embalagem da gracinha da gordura fedorenta tombou, fez a gentileza de passar pelas 4 camadas de sacolas plásticas e fazer uma imensa poça no tapete do meu carro.



Já estava estressadinha, daí, isso foi a gota d'água... não, não... de óleo... para um pequeno ataque de pelancas! Vendo meu estado, minha mãe se prontificou a lavar o tapete, enquanto eu gritava:



- Tira essa p**** de gordura fedida de perto de miiiiiiiiiiiiim...



Depois de contar até um milhão, entoando o mantra da paciência, paz e tranquilidade... fui ver no que tinha dado:



- Teve jeito?! Saiu tudo?



- Ah, nem precisou muita coisa... só tinha uma manchinha na parte plástica...



- COMO ASSIM??? TINHA UMA POÇA NO CARPETE!!!



Feliz e contente (ã-rã!) peguei o tapete que já estava no varal e fui lavar novamente.



Pena que sou uma pessoa que não pode fazer as coisas quando está nervosinha... porque faço com raivinha... daí... bom... lá fui eu... joguei o tapete na sacada, peguei o OMO líquido concentrado (isso... aquele que só precisa de meia tampinha para lavar 10Kg de roupa numa máquina cheia!) e joguei, com certa fúria (confesso), meia embalagem de OMO (meia embalagem, não meia tampinha!) sobre o tapete, sapequei uma vassoura para limpar bem limpinho e abri a mangueira para enxaguar.



Rá-rá-rá! Claro que passei a próxima meia hora tentando vencer o mar de espuma que tomou conta da sacada e escondeu meu tapete e quase me afogou!



Resumindo: por conta de não jogar cerca de 500 ml de óleo no lixo, gastei 5 bilhões de litros de água! Muito ecológica essa minha atitude, não?!!!!



Juro, juro, juro... minha intenção inicial era a mais ecológia possível, mas, ao que tudo indica... não deu muito certo.



Moral da história: Capitão Planeta sentiria vergonha de mim!



Conselho valioso: não tente ser ecológico durante períodos de turbulência emocional! O planeta agradece!!!!

2 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Afff!!!! aconteceu comigo a mesma coisa...só que peguei a sacola e tinha entornado o "fedorento" e nem percebi. Fui até a sala pegar a bolsa e derramou o conteúdo no tapete da sala!!!!!!! Coloquei o dito cujo na varanda e com sabão líquido (Ariel) foi aquela montanha de espuma que parecia que tinha nevado.....e tome água para enxaguar.